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domingo, 31 de julho de 2016

Treinos de musculação NÃO atrapalham o crescimento de adolescentes!

Descubra, de uma vez por todas, se a musculação é maléfica ou benéfica para as crianças e os adolescentes e saiba já se o seu filho pode praticar o esporte!

Entre as maiores citações contra a musculação são as que dizem respeito ao treinamento de crianças e adolescentes, os quais, possivelmente poderiam ter seu crescimento prejudicado com isso. Isso é o que mais se escuta de muitos professores de atividade físicas e muitos médicos pediatras.

Entretanto, seria essa uma verdade ou mais um dos mitos existentes na musculação? Crianças podem treinar livremente sem esses problemas? Caso sim, existiria algum tipo de protocolo mais interessante? Outros esportes poderiam ter maiores aplicações nessa fase ao invés da musculação? Responderemos todas essas dúvidas logo adiante.

O significado da musculação para crianças e adolescentes

Logo nos primeiros anos de entendimento do mundo e da compreensão de alguns fatores, queremos nos tornar fortes. E isso está colocado em nosso DNA, visto que o ser humano busca a força como meio de alcançar seus objetivos (tanto física quanto mental). Nossos antepassados necessitavam de força para garantir sua sobrevivência. Hoje em dia a força é essencial em diversos meios sociais. Quem, por exemplo, nunca viu uma criança menos forte ou mais magrinha sofrendo brincadeiras dos mais fortinhos da turma? Ou ainda, quem nunca viu o menininho mais forte conseguindo mais atenção do que o magrelinho?

Podemos observar que, dificilmente as crianças tem heróis fracos e magrelinhos ou heróis gordinhos… Seus heróis normalmente possuem físicos super desenvolvidos. Há de se citar o Hércules, o Incrível Hulk, o He-man, Thor e por aí vai a lista… Até mesmo os inocentes Power Rangers tem se mostrado cada vez mais com físicos fortes e densos.

Talvez esses e outros aspectos sociais os quais não nos convém discutir nesse momento sejam evidências claras de que a necessidade de “ser forte” é muito existente, especialmente no cenário masculino. Ainda, mesmo no cenário feminino, a busca pela força também torna-se existente.

Isso é tão inconsciente que, por exemplo, quem nunca pegou um par de halteres pequeno na infância e começou a fazer roscas alternadas tentando “ficar forte naquele instante”? Certamente, você já… Assim como eu…

O fato é que, ninguém naturalmente nasce forte, pelo menos não com um físico super desenvolvido.

Na adolescência, esse fator é ainda mais agravado, pois consideramos que as fortes pressões sociais impactam grandemente na forma como o indivíduo se vê e na forma a qual as pessoas o observam. Claramente, a necessidade por corpos os quais atendam olhares e “determinações sociais” tornam-se objeto de sonho de consumo para a maioria deles.

Então, desde o princípio da adolescência, essa busca por um corpo forte é existente. E justamente isso faz com que cada vez mais adolescentes comecem a buscar academias de musculação a fim de melhorar suas capacidades estéticas e físicas. Mesmo os que não tem tanta intenção de ficarem fortes, buscam a academia a fim de melhorar suas performances em um esporte o qual pratiquem e necessitem de melhor desempenho.

A grosso modo, arriscaria dizer que hoje a musculação chega a ser mais procurada do que quaisquer outros esportes. Fato é que essa busca faz com que também ocorram muitos mal entendidos, entre eles, um dos que mais se destaca é o de que possivelmente a musculação poderia afetar negativamente o crescimento dos adolescentes, especialmente pela possível fechada precoce das epífises.

Mas, seria essa uma verdade? Poderia a musculação ser prejudicial nessa fase e, portanto, deveria ser evitada? Se não, como poderíamos utilizá-la de maneira benéfica?

Falta de evidências científicas

É incontestável que a maioria dos profissionais os quais tratam da musculação hoje são não somente desatualizados, mas também desprovidos de conhecimentos científicos (e eu falo sobre isso neste artigo) e que possam ser justificados na prática. A grande maioria se limita apenas a conceitos passados na faculdade e deixam de observar aspectos práticos os quais JAMAIS poderiam ser negligenciados. Tornando-se profissionais “tapados”, não conseguem enxergar novas diretrizes. Pior ainda são profissionais de outras áreas os quais pretendem trazer alguns desses conceitos para a Educação Física, ou mais precisamente para a musculação.

Durante muitos anos se falou sobre a musculação atrapalhar o crescimento em adolescentes, muito provavelmente pelo entendimento de que a sobrecarga poderia fazer uma força contrária ao crescimento ósseo nas epífises. Ainda, falava-se sobre um possível impacto hormonal negativo, resultando em má produção e/ou secreção de GH e alguns IGFs (fatores de crescimento semelhantes à insulina).

Porém, sabe-se que diante dos estudos realizados nada disso conseguiu ser comprovado. E ainda, o mais interessante foi que o inverso é que foi constatado: Quando alguns estudos demonstraram que NÃO HÁ QUAISQUER IMPACTOS NEGATIVOS DA MUSCULAÇÃO NO CRESCIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES outros ainda conseguiram mostrar que HÁ UMA MELHORA NO CRESCIMENTO desses indivíduos e que eles conseguiam crescer com capacidades físicas, como a resistência e a força otimizados. Obviamente, ambos os protocolos conseguiram demonstrar esses fatos através do uso correto da musculação (técnicas, frequências etc) e, desde que não houvesse carência nutricional.

Mas, quais seriam as melhores formas de treinamento para crianças e adolescentes?

Na realidade, não existe uma regra absoluta, visto que as capacidades individuais e o desenvolvimento individual devem ser as maiores diretrizes para traçar o plano em duração, intensidade, frequência e etc. Porém, a grosso modo, hoje se tem como alguns primórdios os seguintes aspectos (para crianças as quais não apresentem quaisquer tipos de disfunções):

  • Frequências de 3X na semana são adequadas nessa fase;
  • Durações de sessões de treinamento de 30-50 minutos;
  • Intensidades as quais trabalhem com margens de 12-18 repetições por set;
  • 2-3 séries por exercícios;
  • Priorização de grupamentos grandes e exercícios multiarticulares;
  • Os exercícios podem ou não ser com o peso corpóreo, mas devem buscar o máximo da movimentação do próprio corpo da criança/adolescente;
  • Utilização de exercícios aeróbios também;
  • Periodização adequada de treinamento;
  • Respeito de limites individuais;
  • Orientação e acompanhamento de profissionais devidamente qualificados.

Conclusão:

No passado e até mesmo nos dias de hoje muito se fala sobre a prática da musculação em determinadas idades, incluindo aquelas as quais possivelmente a musculação deveria ser excluída, como no caso de crianças e adolescentes, pelo menos até os 16 anos.

Contudo, podemos dizer que há forte carência científica, ou mesmo empírica, na afirmação de que a musculação possa afetar de algum aspecto o crescimento de crianças e adolescentes. Trazendo isso ainda, deve-se observar que grande parte dos estudos consegue ainda comprovar grande eficácia da musculação no ganho de propriedades físicas e estéticas as quais são grandemente influenciadas por fatores físicos e metabólicos convenientes trazidos por tal prática.

Portando, consegue-se dizer que hoje a musculação JAMAIS deve ser proibida (a não ser em casos extremamente específicos) a esses indivíduos, mas deve ser bem orientada por profissionais devidamente qualificados e responsáveis, tanto nos quesitos da prática física em geral quanto nos quesitos nutricionais, que nunca devem ser negligenciados.

Bons treinos!

Artigo escrito por Marcelo Sendon (@marcelosendon)

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