Descubra quais são as vantagens e desvantagens em um praticante de musculação aplicar os ensinamentos do German Volume Training para ganho de massa muscular.
O German Volume Training é um sistema de treinamento criado por Rolf Fesser o qual era técnico da seleção alemã de levantamento de peso em 1970. Esse treinamento na época foi de grande auxílio para atletas no ganho de , aumento de força e performance em geral, fazendo com que muitos optassem por tal prática e difundindo a metodologia nos quatro cantos do mundo, de maneira a proporcionar diferentes resultados em que o usava e diferentes olhares pelos críticos, técnicos e pessoas entendidas no assuntos.
Porém, para um praticante de musculação, e não um levantador de peso, quais são as implicações negativas e positivas as quais podem ser atribuídas à prática do GVT? Quais são as vantagens e desvantagens ao decidir realizar esse treinamento? Será que, se bem periodizado, ele pode incrementar ganhos extras? Vamos descobrir alguns pontos com este artigo.
Antes ler este artigo, recomendo que entenda melhor e metodologia de treino do GVT, lendo estes dois artigos:
O German volume training: Do levantamento de pesos para o bodybuilding
Sabe-se que o bodybuilding é um esporte o qual se derivou do levantamento básico. Entretanto, ambas as modalidades, apesar de terem como fundamento a musculação, possuem objetivos diferentes e são formas completamente diferentes de treinamento, nutrição, descanso, periodização e forma de vivência também. Enquanto o levantamento de pesos se preocupa em mover determinada resistência em maior quantidade, o bodybuildng se preocupa com suas MODIFICAÇÕES CORPÓREAS. Apesar disso, sabe-se que o levantamento de pesos também é possível de gerar algumas modificações corpóreas no indivíduo, bem como o bodybuilding depende em partes de fundamentos do levantamento básico de pesos, como o aumento de força, algumas técnicas etc.
Dessa forma, não é a toa que muitos sistemas de treinamento são utilizados por ambas as modalidades: O treinamento pirâmide, muito usado no bodybuilding é usado em algumas fases no bodybuilding, o treinamento 5X5 também é utilizado por ambas as modalidades e, inclusive foi grandemente testado por Arnold, os treinamento em Heavy Duty e o GVT também. Todos esses, além de muitos outros podem apresentar benefícios. Entretanto, nosso enfoque hoje é perceber alguns pontos positivos e negativos do GVT aplicado ao bodybuilding, a fim de balancear se há maiores vantagens ou desvantagens em sua utilização.
Vantagem 1: Aumento de força
Sem sombra de dúvidas, a primeira vantagem que podemos observar com o GVT é o aumento de força. Não é a toa que ele era utilizado justamente por atletas de força. Obviamente, a força não é o fator de maior relevância no bodybuilding, mas, ela é um grande auxiliar, pois, desde que bem executado o movimento, quanto maior for a carga movida por ele, então, maior será o estresse muscular, que durante a recuperação, gerará mais ganhos. Esse aumento de força deve-se também a muitos nutrientes que são jogados ao músculo pela corrente sanguínea durante a prática desse sistema.
Desvantagem 1: Limitação de exercícios
O GVT normalmente envolve uma gama mínima de exercícios, normalmente eles compostos e básicos. Entretanto, sabe-se que o boybuidling busca trabalhar o músculo em cada parte, cada detalhe, cada região específica, demonstrando singularidade em cada uma delas. Tendo uma gama pequena de exercícios, torna-se limitado esse trabalho muito específico. Obviamente, isso é irrelevante ao powerlifter ou ao weightlifter, mas, ao bodybuilder, pode interferir diretamente em seu shape, principalmente em aspectos relacionados com a lapidação e correção de pequenos detalhes musculares como desníveis, assimetrias entre outros.
Vantagem 2: Aumento de resistência
Por proporcionar pouco tempo de descanso entre as séries, há um pequeno aumento de resistência com a utilização do GVT. Para um powerlifter ou um weightlifter, isso não é TÃO RELEVANTE (apesar de, em partes ser), mas, para o bodybuilder, ter uma boa capacidade cardiocascular (obviamente, não estamos falando do surgimento de bodybuilders maratonistas!) é fundamental para que ele possa executar uma boa gama de exercícios com diferentes variações de volume etc.
Desvantagem 2: Trabalhos unilaterais prejudicados
O GVT pouco ou quase nunca proporciona trabalhos unilaterais, mas sim, bilaterais. Para o bodybuilder, o trabalho unilateral é tão importante quanto o próprio bilateral, pois, auxilia na correção de assimetrias e desníveis musculares entre um lado e outro. Além disso, a busca pela estabilidade ao utilizar apenas um membro para executar dado exercício é fundamental.
Vantagem 3: Aumento das condições neuromotoras estabilizadoras
Quando executamos quaisquer exercícios, a tendência é que primariamente os músculos menores entrem em fadiga antes dos músculos maiores, por razões óbvias de própria extensão e tipo de tecido. Entre esses músculos que primariamente são fadigados estão os estabilizadores, como por exemplo o manguito rotator nos ombros. Quando insistimos em um mesmo movimento repetidamente, o corpo terá de usar esses músculos, mesmo que fadigados, para continuar estabilizando sua estrutura e isso faz com que fujamos das adaptações e alcancemos o progresso.
Desvantagem 3: Fadiga primária dos músculos auxiliares do que os focos
Vamos supor que o iremos realizar um treinamento de peitorais no estilo GVT. Escolhemos o supino reto com barra para executar as séries. A tendência, obviamente, assim como nos supinos realizados em outros sistemas é que os tríceps, bem como os deltoides entrem em fadiga antes do peitoral. Isso porque, são músculos menores e primariamente inclusos no movimento. Dessa forma, a tendência no GVT é fadiga esses músculos primeiro, o que pode acontecer, principalmente com atletas inexperientes o problema do trabalho submáximo na musculatura alvo.
Vantagem 4: Aumento da concentração
Tanto para um bodybuilder, quanto para um levantador de pesos quanto para quaisquer outros esportivos, há algo em comum na prática de suas modalidades, seja durante os treinamentos ou em competição: A concentração. É justamente através da concentração que conseguimos focar nos que estamos fazendo e desenvolver assim nosso máximo potencial. A tendência, quando estamos numa mesma situação, num mesmo ambiente, fazendo as mesmas coisas, é perder a atenção e fazer as coisas de maneira mais mecânica. Isso é algo natural do ser humano. Porém, se tratando do GVT, a concentração será necessária, pois estaremos com músculos fadigados, cansados e então, toda atenção deverá ser estritamente dedicada a cada movimento que você fizer, tanto para gerar resultados, quanto para evitar lesões, acidentes entre outros, principalmente porque, o GVT prega muito por exercícios livres como o supino reto COM BARRA, o AGACHAMENTO LIVRE e mesmo os pulleys, levantamentos terra e barras fixas. Esses exercícios exigem um grau de controle relativamente alto e, acima disso, exigem uma necessidade de extremo cuidado, pois, por serem exercícios livres, podem ocasionar sérios acidentes e resultar em sérias lesões. Portanto, o foco será indispensável.
Desvantagem 4: O treino se torna monótono
Particularmente, se estou em algum exercício por muito tempo, começo a ficar desmotivado a continua-lo. Por mais que esteja buscando uma melhora no aumento de cargas, no aumento de repetições ou mesmo na execução do movimento. Existem muitos bodybuilders que até, diante disso, passam a escolher treinos com muitos exercícios e, poucas séries em cada um deles, entretanto, buscando não só o enfoque em diferentes partes dos diferentes grupamentos musculares, mas, acima disso, para tornar o treino mais motivante.
Porém com o GVT ficamos impossibilitados de grandes mudanças e limitados a alguns exercícios, o que pode não ser conveniente para quem tenha essas preferências. Portanto, antes de iniciar com esse sistema, atente-se a isso.
Vantagem 5: Maior aproximação com exercícios compostos
Há pessoas que, basicamente são muito propensas, por algum motivo (normalmente a preguiça) a optar por um treinamento cheio de exercícios isoladores, mas, acabam esquecendo dos compostos. Dessa forma, o GVT pode ser uma forma de estimulá-las a seguir novos padrões de utilizações de exercícios os quais possam propiciar ganhos incríveis.
É, aliás, muito clássico, pessoas as quais só fazem exercícios isoladores e, quando começam a realizar exercícios compostos se surpreendem com os resultados e, acabam por se dar conta no tempo desperdiçado.
Desvantagem 5: Treino não conveniente para pessoas as quais possuem limitações em exercícios compostos livres
Há muitas pessoas as quais possuem sérias lesões que acabam por impedi-las de realizar alguns movimentos na musculação. Nesse caso, alguns movimentos como o agachamento livre, o leg press 45º, algum tipo de supino ou mesmo o levantamento Terra podem exercícios os quais a pessoa não pode realizar ou, pelo menos, não pode realizar com máxima intensidade. Nesse caso, torna-se praticamente impossível realizar adequadamente o GVT em seu modo clássico. Logicamente, há possibilidades de fazê-lo de formas adaptadas, porém, não devemos confundir seu método clássico e tradicional.
Conclusão:
O GVT ou, o German Volume Training é um método de treinamento criado na Europa para levantadores de peso os quais passaram a obter excelentes resultados. Sua prática foi difundida não só entre esse meio esportivo, mas ainda, entre o meio do fisiculturismo, mostrando grande efetividade. Porém, como tudo, esse método possui dois lados: o de conveniências e o de inconveniências, fazendo-o ser interessante para essa ou aquela pessoa, essa ou aquela necessidade. Portanto, dosando os fatores, conseguimos formas muito mais interessantes para optar por sua escolha ou não.
E você, já fez a sua escolha?
Bons treinos!
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